A missão da Associação Náutica Brasileira (Acatmar) ao Reino Unido, em que o diretor da Catarina Náutica, Roberto Deschamps e a diretora de Marketing, Patrícia Floriani participaram, encerrou na segunda-feira (24), e abriu portas para parcerias em importação de tecnologias e realização de master plans (planos econômicos abrangentes) de marinas para desenvolver a economia do mar.
Além da participação em duas importantes feiras do setor, a London Luxury Afloat e a Ocean Business, os empresários tiveram a oportunidade de visitar diversas empresas do setor onde tiveram contato com inovações, tecnologia, novidades e troca de conhecimento e contatos com empresários do segmento náutico mundial.
A Catarina Náutica uma das empresas que integraram a missão já iniciou conversas com o objetivo de importar tecnologias.
“Foi uma viagem muito importante para nós. Visitamos além das feiras, algumas empresas e associações náuticas para promover o intercâmbio do setor. Já estamos formulando um planejamento estratégico entre a Acatmar e o nosso setor de marketing com o objetivo de implantar alguns serviços e importar tecnologias para fomentar o mercado brasileiro”, destaca Roberto Deschamps.
Roberto ressaltou ainda a preocupação que a Inglaterra tem com relação a sustentabilidade. “Me surpreendeu a quantidade de embarcações 100% elétricas, não utilizando combustível fóssil e sim energia limpa, mostrando a preocupação do país com a sustentabilidade. O aproveitamento de rios, lagos e lagoas para a exploração do lazer, diversão e turismo náutico também foi algo que me chamou muita atenção, algo que ainda falta explorar no nosso país, mas que vamos trabalhar para conquistar e implantar por aqui”.
Negociações e aproveitamento
De acordo com o presidente da associação, Leandro Mané Ferrari, o que chamou muita atenção foi o uso de robôs para fazer a limpeza dos mares. Ainda segundo ele, diversas negociações já estão em andamento para implantação deste sistema em Santa Catarina, um trabalho que a entidade faz hoje sem auxílio de tecnologia.
Mané, destaca que empresas britânicas têm barcos não tripulados e robôs que podem descer até o fundo do mar para buscar objetos, garantindo assim uma limpeza maior com segurança. Também contam com softwares para outros serviços que podem ser feitos com o uso de tecnologias avançadas.
São equipamentos de vários tamanhos ligados a um cabo, que funcionam por controle remoto. Eles permitem enxergar até o que tem no fundo do mar e também podem trazer objetos que estão no mar -explica Mané Ferrari.
No caso da Acatmar, por exemplo, por ser uma entidade voluntária, os serviços de limpeza seriam custeados por empresas que patrocinam esse trabalho.