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Catarina Náutica

Com muita frequência recebemos clientes em nossa empresa buscando a reforma, pintura ou repintura do barco. É importante porém, sempre podermos saber cada detalhe do seu barco para podermos indicar a melhor solução e especificação de pintura, antes de escolhermos os melhores produtos para esta manutenção.

Confira abaixo as dicas da Catarina Náutica para você que está pensando em pintar ou repintar a pintura anti-incrustante da sua embarcação:

1º Passo: Informações da embarcação

É necessário saber se em seu barco, será realizado uma pintura nova ou repintura. Isto irá definir qual especificação seguir e quais produtos indicar.

Pintura nova:

Geralmente os barcos que não possuem ainda pintura anti-incrustante, tem em seu casco a pintura chamada Gel Coat. Este tipo de pintura em sua maioria vem de fábrica e é entregue aos clientes sem a pintura de fundo. Para utilizar o esquema de pintura com anti-incrustante não podemos aplicar em cima do Gel Coat. É necessário toda uma preparação para criar perfil de aderência entre as camadas de tinta e principalmente proteger seu casco.
Aqui, entra um novo questionamento: Qual é o substrato de sua embarcação? Para cada tipo de substrato, possuem diversos primers de aderência. Procure sempre uma revenda ou especialista técnico em tintas para indicar o melhor primer para madeira, aço, fibra, alumínio, etc.
Descobrindo o substrato, partimos então à indicação do sistema de pintura, que geralmente segue uma ordem, independentemente do tipo de substrato ou primers. Daremos como exemplo, uma embarcação de fibra de vidro que está no Gel Coat.

A especificação seria:
• Lixar e retirar completamente a pintura Gel Coat;
• Limpar a superfície retirando poeira, sujeira e outros contaminantes;
• 1x demão de primer de aderência (Na Catarina Náutica poderemos indicar as Tintas International. Este produto poderia ser o Galverette);
• 1 ou 2x demão de primer intermediário (Na Catarina Náutica, indicaríamos o Intergard 650 – o famoso EPA).
• 3x demão do anti-incrustante de sua escolha (Aqui em nossa empresa, temos vários anti-incrustantes para sua embarcação. O cliente geralmente escolhe é Micron Premium da International).

Repintura:

Se o seu barco já possui a tinta anti-incrustante, você precisa acompanhar o desempenho da tinta e respeitar a repintura recomendada pelo fabricante. Por exemplo, se o seu anti-incrustante atual é para 12 meses de atividade, depois de 1 ano de aplicação você já deve pensar na possibilidade de repintura. Neste caso, o cliente segue duas opções:

1ª Opção – Repintura com o mesmo anti-incrustante:

No momento da puxada e após a lavação do fundo do seu barco, você irá detectar junto com o aplicador contratado se o anti-incrustante antigo está bem aderido e não há nenhum desplacamento, ou perda de primers. Caso esteja bem aderido, recomendamos o seguinte esquema de pintura:

• Lavar o casco e retirar possíveis contaminações (limo, pequenas cracas, etc.)
• Lixar levemente o anti-incrustante atual para criar perfil de aderência/rugosidade na superfície.
• Limpar a poeira para deixar a superfície limpa novamente.
• Aplicar 2 a 3x demão do mesmo anti-incrustante anterior.
Assim, sua embarcação se manterá novamente protegida contra incrustações pelo tempo informado/recomendando pelo fabricante da tinta.

Fotos: Embarcação de madeira e de fibra respectivamente se preparando para repintura de antiincrustante

2ª Opção – Repintura com anti-incrustante de outra marca/fabricante:

Se você tem um anti-incrustante da marca X e gostaria de aplicar outro da marca Y, é muito importante que você aplique um selador chamado “Bronze”. Aqui na Catarina Náutica trabalhamos com o Intertuf 203 Bronze da International. Este produto é recomendado para que se criar uma camada de proteção e de barreira seladora. Por ser um primer Vinílico, ele possui esta função. A especificação recomendada pela Catarina Náutica é:

• Lavar o casco e retirar possíveis contaminações (limo, pequenas cracas, etc.)
• Lixar o anti-incrustante atual para criar perfil de aderência/rugosidade na superfície.
• Limpar a poeira para deixar a superfície limpa novamente.
• Aplicar 1 ou 2x demão de primer Vinílico selador (Intertuf 203 Bronze)
• Aplicar 2 a 3x demão do novo anti-incrustante escolhido

2º Passo: Medidas e dimensões de área a ser pintada

Você sabia que existem fórmulas específicas para calcular a área a ser pintada? Muitos fabricantes possuem fórmulas para cada tipo de casco. Sendo um veleiro ou lancha as áreas possuem diferenças que precisam ser respeitadas para que possamos indicar quantos galões de tinta você irá precisar. Informe sempre o modelo do seu barco, qual tamanho e principalmente se é veleiro ou lancha, bem como medidas de leme, quilha, boca, calado e linha d’água. Com estas informações conseguiremos calcular exatamente a quantidade de tintas necessária para a proteção do seu barco.
CUIDADO: Preste sempre atenção na aplicação das tintas de forma a evitar desperdícios, sobras ou uso indevido. Muitas vezes até roubos de suas tintas podem ocorrer caso não escolha um local ou aplicador apropriado para o serviço.

3º Passo: Escolha do Aplicador

Para um melhor desempenho, é importante que todas as pessoas envolvidas no trabalho de pintura ou repintura estejam em comum acordo e que seja respeitado as indicações e sugestões do fabricante ou revenda da tinta. De nada adiantará ter feito toda uma especificação técnica se o aplicador que usará a tinta não a respeitá-la. A partir do momento que a tinta sai do local de onde você a comprou, a responsabilidade do manuseio ou aplicação do produto é do proprietário da embarcação ou do aplicador. Aqui na Catarina Náutica temos a preocupação de acompanhar ou intermediar a operação com o aplicador, porém é importante frisar que a escolha deste serviço é do cliente. Procure dicas e sugestões de aplicadores com pessoas do ramo, marinas ou amigos que tiveram uma escolha sucedida para evitar contratempos ou surpresas.

4º Passo: Local, Marina, Condições do tempo

Antes de se preparar para qualquer trabalho de pintura ou reparo do seu barco, escolha o local e visite-o antes marcando a data com a marina ou estaleiro de sua escolha. É importante estar alinhado com o local onde será feito o trabalho para que você possa analisar também as condições do tempo. Procure sempre estar de olho da previsão do tempo. Num período chuvoso, aplicar, pintar ou repintar tintas não é aconselhável. Tintas, vernizes e outros produtos náuticos de reparo precisam de tempo de cura e umidade do ar ideal para funcionar e ser bem aplicado. Pular etapas, acelerar processos ou dar menos demãos do que o recomendado é furada na certa! Lembre-se sempre de que o barato pode sair caro.

Roberto Deschamps – Diretor Comercial Catarina Náutica.