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Catarina Náutica

Velejadores ficam mais atentos a eles pela relevância na navegação a vela, mas seja em um veleiro ou em uma lancha, os cabos têm papel fundamental. E conhecer um pouco mais sobre eles é sempre bom. Até porque a escolha do cabo correto vai além da simples espessura e capacidade de carga, como se costuma supor. Como mostram estas seis perguntas frequentes sobre cabos náuticos:

O que mais importa na escolha de um cabo são o diâmetro e a carga máxima que ele suporta?

Errado. Estes dois dados são importantes, mas há outros pontos: a elasticidade do cabo, como é feito (se torcido, trançado, trançado duplo ou de alma paralela), a resistência à abrasão, revestimento que evite aquecimento em caso de atrito, a flutuabilidade e a resistência aos raios solares.

É melhor um cabo que flutue ou afunde?

Depende do uso. Um cabo para puxar um esquiador ou para uma boia circular deve flutuar para facilitar sua visualização e evitar que se enrosque no eixo do hélice. Por isso se recomendam cabos de polipropileno que flutuam, do tipo retinida. Já para uma amarra de âncora, um cabo de material mais denso como a poliamida, que não flutua, ajuda no fundeio do barco.

Cabos pré-estirados são a melhor opção para amarras?

Não. Os cabos pré-estirados são usados em veleiros, para escotas e adriças. Sua principal característica é se alongarem muito pouco sob efeito das forças geradas pelos ventos. Isto é importante para manter as regulagens da navegação mesmo com os ventos variando de intensidade. Para uso em amarras o melhor são cabos com grande elasticidade, que também custam menos.

Quais os materiais mais comuns para cabos e amarras?

Os três materiais mais usados são o polipropileno, o poliéster e a poliamida, também conhecida como “nylon”, marca da DuPont. Em termos de resistência à tração, à abrasão e aos raios UV, a poliamida e o poliéster são equivalentes e bem melhores que o polipropileno. Em termos de manuseio, poliamida e polipropileno são melhores que o poliéster, mas este permite fazer os cabos mais rígidos, como os pré-estirados. Já a poliamida, por unir boa elasticidade e resistência, sendo a melhor escolha para amarras. A principal vantagem dos cabos de polipropileno é seu menor custo e sua capacidade de flutuar, mas como tem baixa resistência aos raios solares, podem se degradar com menor tempo de uso.

Para uma amarra é melhor um cabo mais elástico?

Sim. Para uma amarra ou espia deve-se dar preferência aos cabos torcidos que são mais elásticos que os trançados. Para o material, a poliamida é a melhor escolha. Como as cargas são dinâmicas, geradas pelo movimento do barco com a ondulação, para suportar melhor estas forças o cabo deve se comportar como uma mola: quanto mais elástico, melhor vai “absorver” o impacto.

Deve-se soltar mais amarra quando se fundeia com mar mais agitado?

Sim. Além de ajudar o “ferro” a unhar, quanto maior o comprimento da amarra, mais ela vai se alongar e assim absorver melhor os impactos das ondas. Aumentar em 50% o comprimento da amarra diminui mais de 20% o impacto. Isto pode ser a diferença entre arrebentar ou não um cunho do seu convés.

Fonte: Náutica